terça-feira, setembro 23, 2008

UMA NOVA ÉPOCA DESPORTIVA DAS EQUIPAS DE COIMBRA NOS NACIONAIS

Quem não tem ilusões num início de época desportiva? Directores, treinadores, jogadores, todos querem fazer melhor que na época anterior...
Muitas vezes não fizeram o trabalho de casa para preparar a nova época, mais uma vez em cima do joelho... Que jogadores foram contratados? Será que é essa sempre a solução? Ou antes será manter o núcleo duro da equipa, fazendo pequenos acertos em função das necessidades da equipa? Eu diria mais por aqui... Principalmente para quem não tem dinheiro para ir buscar grandes jogadores.
No clube do meu coração, a Académica de Coimbra quantos jogadores restam na equipa sénior da equipa junior que foi campeã nacional há dois anos? Dois. Bruno Rodrigues (Russo) e Bruno Figueiredo. Onde estão os restantes que tanto potencial têm? Jorge Campizes (S. João), João Pimentel e Bruno Rodrigues (ambos na Granja do Ulmeiro) e David Mateus (sem jogar). Se a estes juntarmos outros produtos da sua formação nos últimos anos, como André Sousa (Instituto e Campeão do Mundo Universitário), Victor Batalha (Instituto) e a se eles juntassem a soma maior que as partes de jogarem juntos há muitos anos, que grande equipa poderia ter a AAC dentro de pouco tempo.
Perdeu-se o efeito "formação" de cinco épocas de trabalho e as fornadas que aí vêm, só a mais velha ainda tem efeitos desse trabalho... Depois... que digam os seus responsáveis!
Claro que os jogadores que lá estão, os mais velhos e os mais novos que lá restam (a política encetada há alguns anos de recrutamento dos melhores valores da região ainda sopra naquela equipa) como Picasso, Cláudio Sousa, Carlitos e Zito, entre outros, devidamente enquadrados por jogadores com formação pessoal e desportiva como André Matos e Gonçalo Barão poderão tornar esta equipa mais forte este ano e promover a luta pela subida de divisão... Potencial existe, apesar dos sucessivos erros de gestão dos seus directores na construção da equipa. O treinador sabe o que necessita para ter sucesso e por esse lado com Tó Coelho não deverá haver problemas quanto á qualidade de trabalho.
Mais ao Sul na outra margem do Mondego surge o S. João, já consolidado como equipa dos nacionais na nossa opinião, desde que colaborei na transformação radical do seu plantel e dos seus métodos de trabalho... Um grande número de jovens jogadores com enorme potencial, embora com deficiências contínuas na sua formação como jogadores, fruto de uma aposta contínua errada no seu enquadramento técnico... Aos seus directores restam dois caminhos: Ou formam conveniente os técnicos que têm ou para darem o salto que desejam para patamares nacionais mais altos têm que procurar técnicos mais qualificados. A política de conservação dos seus melhores jovens foi correcta e se tiverem tranquilidade e efectuarem trabalho de qualidade na sua formação poderão retirar os seus dividendos. Mas terão que estar atentos de forma a que o reforço da sua equipa não se faça á sorte ou ao azar como foi na última época... Reforçar a equipa com jogadores com mais de 30 anos e já sem condições de jogar nos nacionais não é boa política, tal como para suprir a falta de um "pivot" na equipa, não se contrata mais um "ala". As equipas são construídas em equilíbrio de posições...
Falta o Granja do Ulmeiro que não fazendo grande trabalho na formação de jogadores, tem vindo a aproveitar os jogadores da formação da Académica, dando-lhes a possibilidade de jogarem nos nacionais. Com um trabalho de qualidade do Ricardo Soles e com João Pimentel, Bruno Rodrigues, Fábio Fonseca, João Bernardes, André Vaz, Paulo Rodrigues (todos ex-Académica) entre outros, jogadores com "boa escola", poderão fazer uma boa época, conseguindo a tranquilidade da consolidação da equipa nos nacionais.
Auguro uma época mais tranquila para as equipas de Coimbra nos nacionais, já que estas três equipas me parecem melhor preparadas para não terem surpresas negativas durante a época...
Boa sorte a todos...